sexta-feira, 31 de julho de 2015

Wrap Up! O melhor e o pior de Julho

Neste mês li 13 livros e 2 short stories. Não foi um mês espectacular, visto que houve um livro que não consegui terminar, mas consegui dar 10/10 a dois livros, dar 9 e 9,5 a mais dois e reler 2 dos meus livros favoritos. Agora estou a entrar um pouco numa reading slump, porque por muito que olhe para a minha tbr, não me apetece ler nada do que para lá está... Daí estar a reler City of Glass - depois partilho aqui a minha opinião, que não vai ser diferente de quando li pela primeira vez, há 3 anos (só li 50 e tal páginas e estou outra vez com os feels todos daquela saga).




O MELHOR




O PIOR


O Deus das Moscas - William Golding



William Golding's compelling story about a group of very ordinary small boys marooned on a coral island has become a modern classic. At first, it seems as though it's all going to be great fun; but the fun before long becomes furious & life on the island turns into a nightmare of panic & death. As ordinary standards of behavior collapse, the whole world the boys know collapses with them—the world of cricket & homework & adventure stories—& another world is revealed beneath, primitive & terrible.

Vou começar por recomendar a todos os que não querem levar spoilers (ou a quem quiser ler este livro sem saber o que acontece nas últimas páginas) para não ler a sinopse em português. Eu pensava que o que eles contavam ia acontecer a meio do livro mas à medida que fui lendo fiquei mais e mais chateada porque me fui apercebendo que era ao final que eles se referiam. 

Como já devem ter percebido, eu não sou uma grande fã de clássicos. A maioria deles não me desperta qualquer curiosidade e mesmo aqueles que parecem interessantes deixam-me sempre com um pé atrás quando os tento ler. Apesar de a sinopse prometer uma história interessante, aconteceu o mesmo com este livro.

A verdade é que as primeiras 180 páginas deste livro são aborrecidas. Acontecem meia dúzia de coisas interessantes e não passa muito disso. Basicamente, é-nos descrita a vida dos miúdos na ilha. Os pontos fortes desta primeira parte é que o autor nos mostra a formação de uma espécie de sociedade - desorganizada, onde existe uma grande divergência de ideias e objectivos, com defeitos ainda mais flagrantes por se tratar de uma sociedade organizada por rapazes com idades entre os 6 e os 14 anos (não sei se será 14 ou menos). De um momento para outro estes rapazes vêem-se ao mesmo tempo livres de adultos e responsabilidades, mas com o dever moral de organização e o desejo de serem salvos. Como é de esperar, acaba por correr mal e ir tudo por água abaixo. A organização dura pouco - uns aproveitam a liberdade para se divertir e outros para deixarem completamente a civilização. A imaginação e o medo começam a toldar as ideias dos miúdos e estes começam a agir selvática e impulsivamente.

Embora a escrita fosse boa e fácil de entender, com descrições muito interessantes e pormenorizadas, acabei por me dispersar muito e não conseguir ler mais do que 20 páginas por dia. Para mim o livro podia ter menos 80 páginas e não se perdia muito da intenção do autor.

Mas, mesmo aborrecida, não pude deixar de gostar muito do final - perturbador e de certa forma assustador, mostra-nos o lado animalesco do homem e aquilo que a discórdia pode gerar, associada ao medo, à ausência de regras e à necessidade de sobrevivência.

Gostei e recomendo, principalmente àqueles que gostam de clássicos.

My Rating: 7/10

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Anime! Update (#2)

- Durarara!! - 10/10 
(visto em Junho)


Este anime começa mais lentamente do que aqueles que eu estou habituada a ver - já não vejo animes grandes há muito tempo e este, apesar de ter 24 episódios, vai ter mais uma temporada com mais 36 episódios no total (? pelo menos os primeiros 12 episódios já saíram), logo acaba por ser maior do que a maioria. No entanto, a cada episódio que passa vemo-nos cada vez mais envolvidos no mundo de Ikebukuro e nas vidas daquelas personagens, desde as mais importantes às mais insignificantes. 


*SPOILERS*

As ideias que eu tinha inicialmente - até ao episódio 8 talvez - acabaram por sair todas ao contrário. Adoro o facto de nada ser o que parece, de personagens estarem ligadas umas às outras pelas situações mais estranhas (como o facto de o "grupo" do Kadota ter salvado a namorada do Kida), de como a história das personagens e dos gangs é um emaranhado de coincidências e jogos manipulativos (sim, Izaya, estou a falar de ti).

As personagens em si são excelentes: gosto de tantas! Acho que as únicas que não gostei mesmo foram a Namie e o Seiji, assim como mais 2 ou 3 personagens secundárias. De resto, adoro-as todas: o Izaya, apesar de ser um sacana manipulativo; o Shizuo, com o seu temperamento efusivo; o Mikado, fundador dos Dollars e um líder imprevisível; o Kadota (I love Dotachin!) e o seu grupo de amigos que passam a maior parte do anime a ajudar pessoas ao calhas, ou outras personagens principais (o Walker e a Erica são super divertidos, mas conseguem ser muito assustadores, which is awesome!); a Celty, the headless rider, sempre muito awesome e, ao mesmo tempo, muito engraçada e simpática; o Kida, o amigo do Mikado, que me deixou "whaaaaaaaaaaa-?" e que conseguiu acabar por ser uma das personagens mais badass. Bem. I could go on.

A arte é diferente daquilo a que estou habituada mas acabei por gostar bastante.

Dito isto, este é sem dúvida um dos meus animes favoritos e mal posso esperar para ver a segunda temporada!



- Shinsekai Yori (From the New World) - On hold


Não achei muita piada a este anime, principalmente porque as personagens pareceram-me muito... normais. Mas como só vi 3 episódios decidi mudar este anime para a lista daqueles que eu talvez veja no futuro, mas que de momento não me apetece nada ver.

- Death Billiards - 6/10

Vi este "filme" (de 25 minutos) antes de ver Death Parade, ou seja, fiquei a perceber o básico sem realmente perceber muito bem o que se estava a passar. Mas também foi uma motivação para começar a ver Death Parade pois dava uma amostra do que ia ser a base do anime. Acho que tinha gostado mais do filme se tivesse visto depois de alguns episódios do anime, no entanto assim dá para distinguir melhor os dois. No fundo este é um bom filme para complementar o anime e o que se aplica ao anime em termos de personagens e tudo o mais aplica-se a este filme. 

- Death Parade - 8/10


Este anime surpreendeu-me. Começa com episódios sem grande ligação entre si (temos um julgamento por cada episódio) e aos poucos vão-nos explicando o que realmente se passa. Em termos de conceito e execução da ideia achei que o anime estava muito bom - a ideia dos julgamentos através de jogos é muito interessante e foi bem explorada nos 12 episódios que o anime tem. Adoro o opening deste anime, já que é tão divertido e party-like e tão diferente do "ambiente" do anime, que é mais triste e sério. No entanto, o melhor deste anime é mesmo o desenvolvimento e evolução das personagens - gostei da maioria e fiquei com pena de não vermos mais de algumas das personagens secundárias. Adorei a história da Chiyuki, contudo a personagem que mais gostei foi o Decim, que começa por ser um arbiter, criado apenas para julgar os humanos, supostamente uma marioneta sem emoções, mas acaba por demonstrar que tem sentimentos, sendo estes mais e mais intensos à medida que avançamos no anime e à medida que os julgamentos se tornam mais difíceis (e aquele final, aiiiii ~crying~).
Death Parade começa, então, por parecer um anime normal, bom e original mas não espectacular. Contudo, os últimos dois episódios (assim como as personagens) fizeram-me aumentar o rating de um provável 7/10 ou menos, para 8/10.


- Tokyo Ghoul - Still Watching (episódio 3/12)


terça-feira, 28 de julho de 2015

The Iron King (The Iron Fey #1) - Julie Kagawa

Meghan Chase has a secret destiny; one she could never have imagined.

Something has always felt slightly off in Meghan's life, ever since her father disappeared before her eyes when she was six. She has never quite fit in at school or at home.

When a dark stranger begins watching her from afar, and her prankster best friend becomes strangely protective of her, Meghan senses that everything she's known is about to change.

But she could never have guessed the truth - that she is the daughter of a mythical faery king and is a pawn in a deadly war. Now Meghan will learn just how far she'll go to save someone she cares about, to stop a mysterious evil, no faery creature dare face; and to find love with a young prince who might rather see her dead than let her touch his icy heart.


Did Not Finish - 60%

Fico muito triste por isto ter acontecido, mas sinceramente, já não conseguia continuar a ler este livro. Não é que o livro seja mau de todo - tem os seus defeitos e as suas qualidades, contudo acho que foi mais a minha disposição que não era a certa para este livro.

O que gostei:

O Puck - é ele que me deixa com mais pena de deixar para trás este livro, porque eu gosto mesmo muito dele - e o Ash - que parece ter grande potencial. Também gostei do mundo, apesar de não ser nada de original. A escrita é bonita e simples e embora não seja espectacular também não me vai manter afastada dos livros da autora - bem pelo contrário, fico curiosa para saber como são os outros livros dela.  

O que não gostei: 

Primeiro que tudo tenho de falar da Meghan que, em conjunto com o facto de eu estar numa espécie de reading slump, em que leio mas pareço não gostar de nada, não ajudou em nada este livro. Ela é um pãozinho sem sal, ingénua e quase sem personalidade nenhuma. Só aquela cena da fotografia demonstra o quão ingénua ela é. A partir daí, 90% das coisas que a Meghan fez foram estúpidas e infantis. Houve apenas uma cena em que ela me surpreendeu, nomeadamente quando não deu o seu nome à fae que guardava o portal para Unseelie Court.

Para além da Meghan, também não achei grande piada à história em geral, tendo achado a maior parte do livro aborrecido e previsível, apesar do seu ritmo consideravelmente rápido.

O resto dos motivos estão mais relacionados com o facto de, ao mesmo tempo estar a ler um clássico (que não ajuda muito quando quero sair do mundo de The Iron Fey, para espairecer).

Agora tenho de ter cuidado com o que vou ler a seguir, para não ter de pôr outro livro de lado. Talvez um dia volte a dar outra oportunidade a este livro e se não for a este livro de certeza darei uma nova oportunidade à autora, pois acredito que os outros livros dela sejam melhores que este.

My Rating (tendo em conta aquilo que li): 3,5/10

domingo, 26 de julho de 2015

Book Tag! The Character Book Tag

Eu já pensei várias vezes em fazer um top de personagens, mas a verdade é que eu não consigo escolher um número muito pequeno de personagens e dizer que gosto mais daquelas do que outras. Por isso, esta tag é uma boa maneira de falar das personagens em geral, sem ter de me restringir às do costume. (Vista aqui)



1. Who is the best kick-ass character?

O Kelsier e a Vin da saga Mistborn são duas das personagens mais kickass de sempre (eles são uma das razões pela qual O Império Final e a saga Mistborn é tão perfeita).

2. Which character do you most dislike?

A Umbridge é sempre a escolha segura, se bem que agora existe o ArquiGovernador no Alvorada Vermelha, que foi a mais recente adição à lista de personagens que não suporto. 

3. If you could date any fictional character who would it be and why?

Esta é sempre difícil... mas se querem que eu seja mais específica do que a minha lista de "Crushes" ficcionais ali ao lado, diria ou o Will Herondale, ou o Rusty Montgomery ou o Aiden St. Delphi.

4. If you could change a character in any way what would it be?

Posso mudar o facto de uma personagem estar morta? 'Cause that would be great. 

5. What character to you made all the wrong choices that didn't add anything to the book?

Isto é um bocado difícil, porque infelizmente há muita personagem a fazer escolhas que não cabem na cabeça de ninguém. A Nora (Hush Hush) e a Sookie (Sangue Fresco) são apenas dois exemplos deste tipo de personagem. 

6. Which character was the best villain whom you love to hate?

A parte do "hate" não se aplica porque por muito evil que o The Darkling seja ele não deixa de ser o meu vilão e personagem favorita de todos os tempos (so far) and I love him~. 

7. Favorite side-kick character with the most heart?

Dos livros que li mais recentemente adorei a Zuzana no Dias de Sangue e Glória. De sempre, é muito difícil escolher, mas sempre gostei muito muito do Janco e do Ari do Poison Study.  

8. What is your favorite fictional romantic relationship?

Malec, Sean Kendrick & Puck Connolly, Shari & Khalid, Ty & Zane, entre outros OTP's (sim, que eu tenho muuuuitos).

9. What character did you think was the strongest?

A Katsa - ela é uma das heroínas mais fortes de sempre, quer fisicamente quer emocionalmente, e eu gostei dela desde a primeira página do Graceling.

10. Best protagonist?

Há muitos que se enquadram nesta categoria, quer por fazerem melhores escolhas que o protagonista usual, quer por terem uma forma de pensar diferente, etc etc etc. Mas se houve algum livro que eu li (e adorei) praticamente só porque a protagonista era espectacular, foi a saga Millenium - a Lisbeth Salander é uma das personagens mais complexa e mais bem construída de todos os livros que já li. 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A Estação dos Ossos (#1) - Samantha Shannon


2059. Paige Mahoney tem dezanove anos e trabalha no submundo do crime da Londres de Scion, na zona dos Sete Quadrantes, para Jaxon Hall. O seu trabalho consiste em procurar informações invadindo a mente de outras pessoas. Paige é uma caminhante de sonhos, uma clarividente - e, no seu mundo, no mundo de Scion, comete traição pelo simples facto de respirar. Está a chover no dia em que a sua vida muda para sempre. Atacada, drogada e raptada, Paige é levada para Oxford - uma cidade mantida em segredo há duzentos anos e controlada por uma raça poderosa, vinda de outro mundo, os Refaim. Paige é atribuída ao Guardião, um Refaíta com motivações misteriosas. Ele é o seu mestre. O seu professor. O seu inimigo natural. Mas, para Paige recuperar a sua liberdade, tem de se deixar reabilitar naquela prisão onde tem por destino morrer.


Quando comecei este livro pensava que me estava a meter em mais uma trilogia que tão depressa não ia terminar. Só passado algum tempo é que fui ao Goodreads e vi que a saga The Bone Season é suposto ter 7 livros; apenas há este em português e só existe até ao segundo em inglês. Aí, pensei que, se não gostasse do livro, me safava de ter de me comprometer a ler uma saga tão grande e que vai demorar tanto tempo a sair. Claro que, com a sorte que tenho, este tinha de ser um dos melhores livros que li este ano. O que é excelente! Mas eu já tenho tantas sagas para ler que até me dói a cabeça só de pensar no tempo que tenho de esperar para conclui-las. 

Esta história começa de uma maneira um pouco fraquinha - é despejada a informação em cima do leitor de uma forma muito abrupta e confusa, o que demonstra um pouco a inexperiência da autora. Mas não se deixem demover! Apesar de alguns defeitos aqui e ali, acompanhamos a Paige por uma aventura muito interessante, por um mundo de fantasmas, monstros e seres de outro mundo. 

E, realmente, gostei muito deste mundo. Não sou grande fã de fantasmas, mas como a magia que aqui se interligava ao conceito do espírito foi o ponto central, fiquei satisfeita na mesma. Adorei o facto de não ser apenas Scion o inimigo dos clarividentes, mas haver ainda outra força contra eles, o que dá à história um maior espaço de manobra e uma possibilidade de explorar outros caminhos. Só o facto de haver tantos tipos de clarividentes e tantos nomes é que não é algo muito bom, pois acabei por não saber muito bem as categorias gerais, quanto mais as específicas. 

A escrita, como já tinha referido, precisa de afinação, mas isso é algo que quase de certeza irá melhorar nos próximos livros e eu não estou muito preocupada com isso - afinal, os problemas da escrita não me distraíram da história e das personagens, por isso não é um problema tão grave quanto isso. 

A Paige foi a parte deste livro que mais me surpreendeu - é uma personagem principal muito forte, com uma boa personalidade que, mesmo não sendo espectacularmente inovadora, pelo menos foi sempre consistente, tal como as suas decisões (que chegaram a ser inteligentes! Não sei se sabem o quão difícil é encontrar heroínas com mais de dois dedos de testa no género Young Adult). Mesmo assim, a minha personagem favorita do livro foi o Guardião (Warden fica melhor, sinceramente). Ele é daquelas personagens que eu nunca consigo desgostar - age como um bad guy no início do livro, todavia vimos a descobrir que na verdade ele é um good guy, sem nunca deixar de ser badass, claro. Eu não vou mentir e dizer que não estava à espera disso, mas por muito previsível que fosse, não me fez gostar menos dele. Até fiquei a gostar mais dele. O meu coração partiu-se um bocadinho por ele ter ficado para trás no final, apesar de saber que ele TEM de aparecer outra vez. Também adoro o Nick; ele é um fofo. Aquela "última memória" da Paige deixou-me igualmente divertida e triste por ela - mas não fiquei assim tão triste porque os meus ships são outros ~smiles evilly~. 

Agora mal posso esperar para que saia o segundo livro em Portugal! (ou então talvez o vá comprar em inglês, quem sabe?) 

Mais uma saga que vale a pena começar, mesmo com sete livros e só tendo saído dois deles. Recomendo vivamente! 

My Rating: 9/10

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Quickreads! Saga Hell or High Water - S. E. Jakes

    
My Ratings:

Catch a Ghost (#1) - 7/10
Long Time Gone (#2) - 7.8/10
Daylight Again (#3) - 8/10
Not Fade Away (#3.5) - 7,5/10



Primeiro tenho de dizer que devia ter esperado para começar esta saga porque ainda não saiu o último livro; mas foi mais forte do que eu - a sinopse lembrou-me a saga Cut & Run e eu vicio muito no que toca a romances. Assim que li o primeiro livro tinha de acabar aquilo que havia disponível.

Não são livros espectaculares - há momentos em que a trama torna-se confusa ou por falta de informações ou por informações que se contradizem. Mas no geral a parte de ação e mistério foi bem conseguida e interessante (talvez um pouco melhor que na saga Cut & Run). Gosto muito das duas personagens principais; não são das minhas favoritas, contudo não deixei de me sentir intrigada e envolvida em todos os seus problemas, sempre com muita curiosidade para descobrir coisas sobre o seu passado. Senti que houve alturas em que pareciam regredir em vez de evoluir, o que me deixou um bocado chateada, embora continue a gostar muito do Tom e do Prophet.

Acho que o pior foi mesmo a escrita: há partes que estão mal explicadas e houve outras em que eu me perdia porque as frases estavam confusas. Isto nota-se principalmente no livro 3.5, onde houve até partes que pareciam estar escritas como se o livro fosse um 2.5. Também houve cenas nas quais a autora tentou ser demasiado misteriosa, o que resultou em assuntos mal desenvolvidos, mal explicados ou atirados para cima do leitor sem qualquer dicas prévias. No overall, não consegui deixar de ignorar estes problemas e é principalmente por causa disso que não dei 8 ou mais a todos.

Apesar dos seus defeitos, fico curiosa para saber como a saga Hell or High Water vai acabar (mesmo sabendo que vai ser, muito provavelmente, um final feliz - a própria escritora menciona isso no goodreads).

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Book Tag! How I read Tag

Como estou a demorar mais um bocadinho a ler A Estação dos Ossos (não por ser aborrecido ou mau, apenas... não sei, a internet anda a distrair-me) vou fazer uma tag. Vi-a aqui e como eu adoro tags - já que dá para falar da minha experiência com os livros em geral e não só sobre um livro em específico - decidi procurar umas engraçadas para fazer. So, here we go!



1. How do you find out about new books to read?

90% das vezes é no Goodreads. Os outros 10% ou é porque encontro um livro que parece interessante em promoção (Lisboa no ano 2000, por exemplo), ou porque me oferecem um livro que eu não conhecia/não sabia bem sobre o que era (O Deus das Moscas) ou então através do booktube (Me & Earl and The Dying Girl). 

2. How did you get into reading?

Quando era mais nova tentei ler o Harry Potter e mais uma série de livros que me pareciam interessantes. A maioria não conseguia acabar. Lembro-me de ler alguns bons livros nessa altura, como o Principezinho, aqueles da Cultura Horrível e Vampiratas. Quando vi a capa linda do Hush Hush numa feira do livro, li a sinopse e disse para mim mesma "mesmo que não leia é bonito de ter no quarto sooooo...". O engraçado é que acabei a gostar muito do livro e a partir daí comecei a ler e comprar livros aos molhos.

3. How has your taste in books progressed as you've gotten older?

Acho que em termos de géneros tenho alargado um pouco os horizontes, nomeadamente leio mais contemporâneo do que lia no início e tento dar mais oportunidades à ficção científica e que tais. No entanto, também leio menos paranormal ou pelo menos sou mais exigente com este género. No que toca a fantasia, antes não gostava muito de fantasia mais para adultos - agora tudo o que é fantasia é fair game. O mesmo acontece com os limites de idades - comecei por ler mais Young Adult e Adult (porque não havia mais nada disponível) e agora também leio New Adult e mesmo Middle Grade. No entanto, continuo a não ler muito no que toca a thriller, mistério e horror. 

4. How often do you buy books?

Depende. Quando há promos posso chegar a comprar 20 livros de cada vez. Se forem aos preços usuais de 15 a 25 euros só compro no natal ou aniversário ou então quando quero muito muito muito ler um livro.

5. How did you get into blogging*? (*no original: booktubing)

Eu já tive uma data de blogs, mas nunca passava dos 20 posts, ou porque me fartava ou porque não tinha nada de jeito para dizer. Este tem-se aguentado porque eu tenho lido muito mais do que aqui há 2 anos e precisava mesmo de partilhar a minha opinião com alguém, mesmo que não obtivesse muitas respostas ou visualizações. Também investi um pouco mais nisso porque gosto bastante de escrever e esta é uma boa maneira de praticar.

6. How do you react when you don't like the end of a book?

Estou a ter uma grande dificuldade em lembrar-me de um final de um livro que eu tenha odiado completamente - o que me vem ao pensamento são os últimos livros de sagas, como por exemplo o Convergente e o Finale, que me me deixaram extremamente desapontada. O que mais se assemelha a um final que eu não tenha gostado foi o de O Anjo Negro de Paul Hoffman ou então o do Angelologia de Danielle Trussoni. 

7. How often do you take a sneaky look at the end of a book?

Quando comecei a ler fazia isso mais vezes. Hoje em dia, raramente faço isso - se se dessem comigo no dia a dia percebiam que eu refilo muito com spoilers em geral e ler a última página de um livro? Não há pior tipo de auto-spoiler. So, no thanks. (Um dia tenho de escrever um post sobre spoilers)

8. How many people (and who) are you going to tag?

Todos aqueles que quiserem fazer isto! 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Update! Sagas, Séries, Trilogias e que tais

Cada vez que olho para a lista de livros que já li, fico com uma dor de cabeça enorme: comecei tantas sagas que até assusta. Mas nem todas as leituras foram boas e decidi fazer essa distinção aqui: entre as que não vou continuar, as que ainda estou na dúvida e aquelas que quero muuuuuito continuar. As que não mencionar são aquelas que quero ler e que vou ler, mas que não estou aos pulos para continuar. 



Sagas que não vou continuar de certeza

Estas são as sagas cujo primeiro (ou segundo, ou terceiro, etc etc) livro me deixou muito desapontada e que decidi não perder mais o meu tempo com eles (sublinhados) ou que eu perdi completamente o interesse apesar de ter gostado dos livros que li (itálicos).

- Deep In Your Veins - Suzanne Wright
- Something Strange and Deadly - Susan Dennard 
- Angelologia - Danielle Trussoni 
- Vampire Academy - Richelle Mead
- Criaturas Maravilhosas - Kami Garcia & Margaret Stohl 
- Broken Destiny - Jeaniene Frost
- The Fae Chronicles - Amelia Hutchins 
- Fever - Karen Marie Moning
- Guardian Trilogy - Laury Falter
- Gabriel's Inferno - Sylvain Reynard
- Dante Walker - Victoria Scott
- Fallen - Lauren Kate
- Awaken - Katie Kacvinsky
- A Primeira Lei - Joe Abercrombie
- Aprendiz de Assassino - Robin Hobb
- Delirium - Lauren Oliver


Sagas a que talvez ainda venha a dar uma oportunidade

Estas são as saga que: ou já li há muito tempo e teria de reler os primeiros livros e sinceramente não sei se me apetece (sublinhado) ou li os primeiros livros e gostei mas não fiquei wow (ou em que as continuações foram bem piores que o 1º livro) e apesar de me apetecer ler as continuações, vou ter de estar mentalmente preparada para eles (itálico).

- Wolfs of Mercy Falls - Maggie Stiefvater
- Study Trilogy - Maria V. Snyder
- A Saga das Pedras Mágicas - Sandra Carvalho 
- Shatter Me - Tahereh Mafi 
- The Pledge - Kimberly Derting
- Curse Workers - Holly Black
- The Watchers - Veronica Wolff
- The Fallen - Thomas E. Sniegoski
- Demon Cycle - Peter V. Brett- Providence - Jamie McGuire
- Gone - Michael Grant
- Halo - Alexandra Adornetto
- O Lar da Senhora Peregrine Para Crianças Peculiares - Ransom Riggs
- All Souls Trilogy - Deborah Harkness
- Game of Thrones - George R. R, Martin


Sagas que quero muuuuuuuuuuuito continuar

Estas não precisam de introdução:

- Mistborn #3 - Brandon Sanderson
- A Darker Shade of Magic #2 - V. E. Schwab
- The Wrath and the Dawn #2 - Renée Ahdieh
- Daughter of Smoke and Bone #3 - Laini Taylor
- Kushiel #6 -  Jacqueline Carey
- The Raven Cycle #4 - Maggie Stiefvater
- Millenium #4 ?????
- Kingkiller Chronicles #3 - Patrick Rothfuss 

domingo, 19 de julho de 2015

Alvorada Vermelha (#1) - Pierce Brown

"Alvorada Vermelha" é o primeiro volume de uma trilogia que tem tudo para conquistar a legião de fãs de Os Jogos da Fome. Passa-se numa altura em que a humanidade começou a colonizar outros planetas, como Marte. Darrow é um jovem de 19 anos que pertence à casta mais baixa da Sociedade, os Vermelhos, uma comunidade que vive e trabalha no subsolo marciano com a missão de preparar a superfície do planeta para que futuras gerações de humanos possam lá viver. No entanto, em breve Darrow irá descobrir que ele e os seus companheiros foram enganados pelas castas superiores. Inspirado pelo desejo de justiça, Darrow irá sacrificar tudo para se infiltrar na casta dos Dourados… e aniquilá-los! Vingança, guerra e luta pelo poder num romance de estreia empolgante. 



Eu queria adiar este comentário, mas vamos tirar as frivolidades do caminho: o Pierce Brown é oficialmente o escritor mais bonito, pelo menos daqueles que conheço e cujos livros li.

Não estava à espera de gostar muito deste livro; primeiro porque não sou grande fã de ficção científica e porque a hype no que toca a este livro, já andava a rebentar as escalas e a hype não é de confiança (that treacherous bastard). O início esteve de acordo com aquilo que eu estava à espera - um grupo social a ser enganado e a trabalhar como escravos para o bem de uma minoria. Apesar de ser engraçado não era nada de novo, nem nada de espectacular. É a partir da segunda parte do livro, que as coisas passam do scifi usual, para uma mistura estranha entre Game of Thrones, The Hunger Games e Harry Potter (só mesmo porque há uma "escola especial", neste caso o Instituto). Com muita ação, muitos momentos emocionantes e chocantes acompanhamos a missão do Darrow para libertar o seu povo e a sua família, através de transformações físicas e provas perigosas. 

O Darrow é uma personagem diferente - ele não é o típico herói desde o início, mas aprende a sê-lo das maneiras mais estranhas, aprendendo com o inimigo e tornando-se num deles, mas sem esquecer de onde vem e o qual o seu objetivo. Acabei por gostar muito dele, principalmente porque se nota a sua evolução e aprendizagem ao longo da história; o Darrow Vermelho e o Darrow Dourado são duas versões muito diferentes, mas sem deixar de ser o Darrow. Evoluiu muito mais do que a maioria dos protagonistas e tenho de ser honesta: o Ceifeiro é muito badass

Relativamente ao resto das personagens, gostei bastante como a maioria nem sempre era aquilo que se esperava - passei a maior parte do livro na dúvida entre quem era amigo ou inimigo, a distinguir os traidores dos aliados e ainda estou na dúvida, quanto a alguns. Gostei dos Vermelhos que conhecemos, apesar de ter sido por apenas algumas páginas. Dos Dourados, acho que os meus favoritos são o Sevro, o Fitchner (tal pai tal filho) e o Roque. Também gostei da Mustang, mas ela não me inspira muita confiança; é melhor esperar pelo segundo livro para fazer mais juízos de valor.  

A escrita do autor mistura o jargão específico da sociedade e das várias cores com uma escrita que transmite a personalidade do Darrow sem deixar de ser fluente, fácil de compreender (e de acompanhar) e agradável. Pode não ser a mais bonita, mas enquadra-se bem com o tipo de livro. 

Agora estou aqui super curiosa para saber como vai ser o Golden Son. Mas quando é que o livro vai sair em português? Não sei. Vou ter de esperar, como de costume. Ainda bem que tenho alguns livros na estante que estou tão mortinha para ler quanto o Golden Son. 

Leiam este livro; é muito bom, raios!

My Rating: 9,5/10

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Filmes de Animação que quase ninguém conhece


Todos nós temos os nossos filmes de animação de eleição, aqueles que mais gostámos quando éramos apenas uma amostra de gente. Eu continuo a gostar muito de filmes de animação e às tantas tento lembrar-me dos que gostava mais e vou comentando isso com outras pessoas. Nessas conversas reparo que há uns quantos filmes que quase ninguém conhece e que foram dos que mais gostei de ver. Para aqueles que ainda gostam de ver filmes de animação, se não viram estes, ainda vão a tempo!



Sinbad - A Lenda dos Sete Mares


Pelos sete mares, acompanhamos a aventura de Sinbad, para salvar as doze cidades e o seu velho amigo Proteus. Com deuses, momentos muito engraçados, monstros do épico ao esquisito, este filme é um molho de diversão com a quantidade certa de momentos sérios. Este também é o tipo de animação que me faz gostar muito da Dreamworks - um misto entre o tradicional e um pouco do estilo de arte semelhante ao do Shrek (acho eu! não sou profissional nenhuma, claro).

Eu talvez seja um pouco parcial, já que sempre adorei adaptações a animação de lendas antigas (já nos livros acontece o mesmo), mas mesmo que não conheçam esta lenda ou mesmo que não sejam fãs dessas tais adaptações, este filme não deixa de valer a pena ver.  


Planeta do Tesouro


Este filme é uma mistura de piratas com ficção científica (do estilo steampunk) e envolve todo o tipo de criaturas estranhas e robôs. Não sei porquê, mas gosto bastante destas misturas na animação, já que permitem criar mundos muito mais ricos e inovadores. Para ser sincera não sei como falar deste filme sem dizer algo para além de elogios: a animação é das minhas favoritas, a banda sonora é linda, a história é cativante e não deixa de transmitir uma mensagem importante; as personagens são complexas e podemos ver a sua evolução ao longo do filme. Para além de momentos engraçados e tem também os seus momentos trágicos - não fosse este um filme da Disney -, mas sem que uns se sobreponham demasiado aos outros - estão na dose certa. Se não viram O Planeta do Tesouro façam o favor de ver!

Atlântida


Ah, a lenda da Atlântida! Quem é que não gosta? Ainda por cima este filme traz-nos - para além de uma grande aventura - personagens engraçadas, cativantes, reais e diversificadas. A história em si já é boa, mas com estas personagens acaba por se distinguir das outras. A animação, mais uma vez, é do género que eu mais gosto (penso que já podem ver o padrão). Sei que houve uma continuação e sei que a vi em tempos, pelo menos duas vezes, mas tenho de ver novamente, pois não me lembro de quase nada. 



Bem, fica aqui a minha recomendação dos filmes que, dentro do universo dos filmes de animação, (por experiência própria) parecem ser os mais desconhecidos por estas bandas. Ainda hei de fazer um top de filmes de animação, porque, como é óbvio, entre os mais conhecidos também há filmes muito muito bons! 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Dias de Sangue e Glória (Daughter of Smoke and Bone #2) - Laini Taylor

Karou, antiga estudante de Arte, quimera revenante e aprendiz de ressurrecionista, tem finalmente as respostas que sempre procurou. Sabe quem é e o que é. Porém, com este conhecimento vem outra verdade que ela daria tudo para desfazer: amou o inimigo e foi traída, e um mundo inteiro sofreu por isso.

Agora, sacerdotisa de um castelo de areia numa terra de poeira e estrelas, profundamente só, Karou tenta recriar o universo do seu passado, contribuindo, com a sua dor e a sua mágoa, para a volta gloriosa das quimeras.
Porém, sem Akiva, e sem o seu sonho de amor partilhado, o caminho da esperança afigura-se impossível de trilhar.

Repleto de desgosto e beleza, segredos e escolhas impossíveis, Dias de Sangue e Glória encontra Karou e Akiva em lados opostos de uma guerra tão antiga como o tempo.


(Alerta Spoilers)

Dias de Sangue e Glória é muito diferente do primeiro livro. Enquanto A Quimera de Praga lança-nos na magia de Praga, das quimeras e dos anjos, tornando-se num livro mágico não só por isto mas por toda a aura de mistério que acompanha o livro, Dias de Sangue e Glória é um livro direto, intenso mas de progresso lento.

Estou surpreendida com este livro, não só porque, sendo um livro lento, não deixou de me manter interessada, mas também porque deixa as coisas preparadas para a conclusão da trilogia - formam-se alianças, destronam-se imperadores e matam-se oponentes. Nas últimas sagas que acabei de ler, normalmente é deixado para o último livro todas as lutas épicas e reviravoltas chocantes, deixando esses livros demasiado cheios, demasiado rápidos. Espero que o que aconteceu neste livro seja sinal que vamos ter um final bem construído

Dias de Sangue e Glória está dividido em vários pontos de vista, desde o da Zuzana e da Karou ao do Ziri e do Akiva, mostrando-nos mais perspectivas sobre os acontecimentos do que tivemos no primeiro livro.

As personagens que já conhecíamos continuam muito interessantes: a Karou com o seu cabelo azul, que, mesmo sabendo quem é, não sabe bem o que defender e se o que está a fazer será o melhor; o Akiva, sofredor, misericordioso, usa a sua magia para tentar redimir-se; o Thiago, odioso e repugnante, como de costume; a Zuzana e o Mik, que são incrivelmente persistentes (e fofos). Para além de continuarmos a acompanhar estas personagens, também surgem algumas que podem parecer inúteis mas que acabam por ter um papel muito importante na história - eu estou a referir-me mais especificamente a algumas das quimeras e o Jael, que eu odeio do fundo do meu coração.

Um dos pontos fortes destes livros é que nenhuma relação (a não ser talvez entre a Zuzana e o Mik) é fácil e limpa - a maioria anda aos altos e baixos, sempre com obstáculos exteriores ou interiores - sendo, provavelmente, a mais difícil e complicada entre a Karou e o Akiva, já que engloba uma vastidão de sentimentos para além do amor e carinho - uma grande quantidade deles são, até, negativos.

Quanto à história, esta está muito bem orquestrada, revelando-nos uma ideia do que aconteceu e só depois mostrando aquilo que realmente aconteceu. Isto deixou-me sempre com vontade de continuar a virar as páginas, em pulgas para saber como cada personagem se ia desenvencilhar das complicações que foram surgindo. Não estava nada à espera do que aconteceu no final, não no final final, já que a aliança entre os Ilegítimos e as quimeras era de certa forma previsível, mas o que o Ziri fez e como conseguiram evitar que o Thiago voltasse. Para além desta última parte, em que o meu coração sofreu pelo Ziri (porque quem é que queria "ser" ou "ser confundido com" ou "passar por" o Lobo Branco?), houve mais duas partes em que quase chorei: a parte em que descobrimos que quem está no turíbulo não é o Brimstone (~my heart is hurting~ apesar de gostar bastante da Issa eu estava a rezar para que o Brimstone voltasse) e a parte em que o Hazael morre, porque eu não estava à espera e porque gostava muito dele. E claro os "encontros" da Karou com o Akiva foram cruéis, para eles, para mim e para todos os leitores.

Compreendo que para algumas pessoas este livro possa ser difícil de ler, principalmente se não estiverem emocionalmente investidas no mundo nem nas personagens que a Laini Taylor criou. Mas esse não é o meu caso, porque eu adoro este mundo e adoro estas personagens (tirando o Thiago, que eu odeio). As minhas expectativas para Sonhos de Deuses e Monstros são muito altas. Espero não me desiludir ~fingers crossed~.

My Rating: 10/10 

sábado, 11 de julho de 2015

Re-read! Catching Fire (#2) - Suzanne Collins

Sparks are igniting.
Flames are spreading.
And the Capitol wants revenge.

Against all odds, Katniss has won the Hunger Games. She and fellow District 12 tribute Peeta Mellark are miraculously still alive. Katniss should be relieved, happy even. After all, she has returned to her family and her longtime friend, Gale. Yet nothing is the way Katniss wishes it to be. Gale holds her at an icy distance. Peeta has turned his back on her completely. And there are whispers of a rebellion against the Capitol - a rebellion that Katniss and Peeta may have helped create.

Much to her shock, Katniss has fueled an unrest she's afraid she cannot stop. And what scares her even more is that she's not entirely convinced she should try. As time draws near for Katniss and Peeta to visit the districts on the Capitol's cruel Victory Tour, the stakes are higher than ever. If they can't prove, without a shadow of a doubt, that they are lost in their love for each other, the consequences will be horrifying.

In Catching Fire, the second novel in the Hunger Games trilogy, Suzanne Collins continues the story of Katniss Everdeen, testing her more than ever before...and surprising readers at every turn.


(Alerta: Spoilers do livro e do filme)

Desde a primeira vez que li esta trilogia que o segundo livro é o meu favorito. Isto não acontece muitas vezes, visto que, nas trilogias, os livros do meio costumam ser um pouco infelizes (excepto aquelas em que todos os livros são perfeitos, claro). E, apesar do filme também ser o meu favorito até agora, perdemos muitos pormenores, não só das personagens, mas também sobre o Distrito 13 e sobre as revoltas nos distritos. 

Para além disso, nos filmes não há maneira de nos ligarmos tanto com as personagens. Das pessoas que só viram os filmes, quem é que se vai lembrar da Wiress? Ou da Mags? Estas personagens, nos livros, chamam muito mais aos nossos sentimentos do que no filme (pelo menos foi essa a sensação com que fiquei). 

No filme também não fazemos ideia de como é que o Haymitch ganhou os jogos dele, como há uma ligação entre a mãe da Madge, o Haymitch, a mãe da Katniss e mesmo o pai do Peeta. Isto são tudo coisas que nos passam ao lado no filme e são dos pormenores que mais me fazem gostar destes livros. 

Depois de reler, continuo com a mesma opinião quanto às personagens e à história: a história é fantástica e as personagens também - nomeadamente a Katniss, o Peeta, o Haymitch, o Finnick, a Johanna, entre outros. Há meia dúzia de personagens que não gosto tanto (como o Gale, por exemplo) e outras que até gostei mais no filme (como o Presidente Snow).

My Rating: 10/10

PS: Estes livros só têm um defeito, mas este só se aplica às versões portuguesas - as traduções estão más, só no segundo livro encontrei 3 erros ridículos e no primeiro tinha encontrado pelo menos mais 2. 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

The Wrath and the Dawn (#1) - Renée Ahdieh


Every dawn brings horror to a different family in a land ruled by a killer. Khalid, the eighteen-year-old Caliph of Khorasan, takes a new bride each night only to have her executed at sunrise. So it is a suspicious surprise when sixteen-year-old Shahrzad volunteers to marry Khalid. But she does so with a clever plan to stay alive and exact revenge on the Caliph for the murder of her best friend and countless other girls. Shazi's wit and will, indeed, get her through to the dawn that no others have seen, but with a catch . . . she’s falling in love with the very boy who killed her dearest friend.

She discovers that the murderous boy-king is not all that he seems and neither are the deaths of so many girls. Shazi is determined to uncover the reason for the murders and to break the cycle once and for all.


Conhecem aquela história das mil e uma noites, em que um rei se casa todos os dias, pois mata a sua rainha em cada madrugada? E em que uma das mulheres, para que ele não a mate, lhe conta histórias a noite inteira? Sim, essa mesmo! Essa é a base desta história, entrelaçando este e muitos outros contos das mil e uma noites.

Eu sempre gostei muito desse tipo de histórias, apesar de só as conhecer dos desenhos animados que via. Logo o mundo que a autora criou (neste caso recriou) já é um que eu acho fascinante e super interessante. Misturem isto com um romance semi-trágico, um pouco de acção, intriga e um bocadinho de magia e temos este livro fantástico.

Como já disse, o mundo de The Wrath and The Dawn é fascinante, com umas amostras de magia, outras amostras de intriga, mas mantendo-se muito fiel à representação usual da cultura do Médio Oriente. É raro o livro Young Adult que explora esta cultura e fico muito contente por termos este livro como exemplo. A escrita que acompanha e descreve o mundo é bonita e elegante, adaptando-se às várias situações: a parte que mais gostei foi a das lutas, descritas como se fossem uma espécie de dança com espadas.

A Shahrzad é uma das melhores heroínas deste género. Mantendo-se firme no seu objetivo, pretende vingar a melhor amiga, Shiva. Contudo, ao longo do livro vamos vendo a luta interior que ela trava, entre a vingança e o perdão, entre o amor pela sua amiga e os sentimentos que começa a nutrir por Khalid. Nestas alturas, a Shazi mostrava que, apesar de deixar as suas emoções levar a avante em algumas ocasiões, não se deixa influenciar e mantém-se forte e fiel a ela mesma. Outro pormenor que gostei bastante é que ela não confiou em ninguém até quase três quartos do livro, o que é um feito, visto que a maioria das heroínas young adult costumam ser um bocado totós e confiar nas pessoas mais suspeitas.
O Khalid é uma personagem atormentada pelos erros do passado e por uma maldição (literalmente), um rei que toda a população considera um monstro. Esta avaliação seria correta, não fosse o conjunto de situações que levaram a que Khalid tivesse de agir como age. Desde o início que temos um vislumbre das suas motivações e temos uma ideia de que ele tem, realmente, uma maldição e que se não a cumprir, as consequências serão ainda piores. Isto permite-nos criar de imediato uma empatia com uma personagem que, de outro modo, seria desprezível. Para além disso, adorei o contraste na sua personalidade: implacável, mas inesperadamente bondoso; amaldiçoado não só por um feitiço, mas também pela sua consciência. Temos sempre alguns vislumbres do suposto monstro, todavia, também podemos ver o rapaz com o peso do mundo sobre os seus ombros. 
Estas duas personagens acabaram por se tornar duas das minhas favoritas de sempre (e, para ser sincera, um dos meus OTP's). 

Também as personagens secundárias se mostraram muito interessantes, nomeadamente, o Rajput, o Jalal, a Despina e até o pai da Shahrzad e o Tariq (não que eu goste particularmente destes dois últimos, mas tenho de admitir que são personagens que tornam a história muito mais complexa). 

Para concluir: não consigo aceitar aquele final! Preciso do segundo livro ~sniff sniff~. Espero que no próximo livro nos expliquem algumas coisas que ficaram por explicar neste livro, principalmente no que toca à magia. 

Escusado será dizer que este livro foi diretamente para a lista de favoritos. Só me resta dizer mais uma coisa: leiam este livro, vale a pena! 

My Rating: 10/10

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Livros: Guilty Pleasure

Todos nós temos aqueles livros que adoramos, mesmo tendo a noção de que não são os livros mais fantásticos de sempre, nem o tipo de livros que recomendaríamos a qualquer pessoa. Ao que parece eu li muito desse tipo de livros. 


A saga Cut & Run

Este é uma daquelas sagas que eu devorei - li os livros todos em mais ou menos um mês. Embora saiba que esta saga tem alguns defeitos, nomeadamente na parte do mistério - que nem sempre é grande mistério -, não consigo deixar de adorar as personagens e as suas histórias. Acreditam que li esta saga este ano e já me apetece relê-la? Pois. 

Alguns romances New Adult

Estes são só da Colleen Hoover, mas não são os únicos em que vicio. Houve aí uma altura em que por cada 3 livros destes que lia, um ia parar à minha lista de favoritos, apesar de serem romances muitas vezes lamechas e um pouco irreais.

A saga Hush Hush

A saga Hush Hush está longe de ser perfeita: a narração parece de uma pré-adolescente em certas alturas, o último livro não foi grande espingarda e as atitudes da Nora são um bocado infantis (pré-adolescente, like I said). No entanto, estes livros têm um grande valor sentimental para mim e não consigo deixar de adorar o ambiente misterioso, o Patch e toda a onda sobrenatural do livro. Still one of my favorites.


Alguns romances paranormais (saga Night Huntress para ser mais precisa)


A saga Night Huntress não é espectacular. Acho até que foi demasiado prolongada. Mas há algo nos primeiros livros que eu amei e que me fez ler e ler e ler e querer ler novamente. 

domingo, 5 de julho de 2015

Bookworm problems: as coisas que me irritam

Quando comecei a ler a sério (mais de 1 ou 2 livros por ano), facilmente ficava maravilhada com aqueles romances foleiros, ou com aqueles livros young adult que, na verdade, não são tão bons quanto isso. Hoje em dia já ultrapassei um bocado isso, apesar de haver livros que, mesmo tendo muitos defeitos, eu continuo a adorar. É por esta razão que surgem cada vez mais problemas nas minha leituras - começo a prestar atenção a pormenores, começo a perceber quais as histórias mais cliché, entre outras questões às quais no início não ligava. De tudo isso, ficam aqui as coisas que mais me chateiam.



- Love triangles e Instalove


Tenho de admitir que há love triangles que estão bem concretizados (sendo o melhor em The Infernal Devices) e instalove que acabo por aceitar ou porque tem uma explicação ou porque simplesmente porque a minha imparcialidade relativamente ao livro desapareceu. Mas, sinceramente, já estou um pouco farta de love triangles. A maioria acaba por mostrar mais a infantilidade das personagens do que outra coisa. Com o instalove ainda é pior - amor à primeira vista parece-me sempre muito falso e acaba por não aprofundar a personalidade da personagem. Bem pelo contrário, acaba por deixar as personagens mais planas e personagens planas não têm piada nenhuma. 

- As mesmas histórias

Isto acontece principalmente nos romances new adult - as histórias e as personagens e os acontecimentos começam a parecer todos muito semelhantes e raramente são os bons que se repetem. Por isso é como se tivéssemos a ler um livro mediano 3 ou 4 ou 10 vezes seguidas. Mais outra coisa que não tem piada nenhuma. 

- Personagens de New Adult e Adult que são mais infantis do que muitas personagens do género Young Adult

- Capas feias

Agora parece haver cada vez mais capas feias. Seja com pessoas na capa, seja com ilustrações que não lembram a ninguém. Há tantos que preferia que tivessem apenas letrinhas com o título e o nome do autor...
Seria de esperar que as editoras quisessem capas bonitas, contudo não devem saber o que isso é.

- Os paperbacks das versões inglesas estão a cair aos bocados

Mass Market paperbacks são horríveis. 3 dos meus livros em inglês têm o plástico das capas a sair e a maioria não tem mais que um ano!

- Em Portugal não se fazem versões de capa dura, let me go cry

Eu adoro hardbacks por inúmeras razões (desde serem mais resistentes ao passar do tempo e ao uso contínuo; as lombadas podem estalar, mas como é hardback não se vê; são uma excelente arma contra agressores, etc), no entanto, é rara a versão portuguesa que seja de capa dura. A não ser que seja um clássico ou um livro já com muitas edições - que normalmente não são o tipo de livros que leio.

- Traduções horríveis

"e apoiou os ombros na mesa" a partir do momento em que isto aparece no meu livro dos Jogos da Fome eu só me posso rir, porque, quer dizer... estas traduções são simplesmente tristes, mas mais vale rir do que chorar, certo?
Claro, depois há aqueles livros em que traduzem palavras que NÃO EXISTEM EM NENHUMA LÍNGUA. Se isto faz sentido para vocês, por favor, expliquem-me, que eu não percebo.

- O facto de não haver muita variedade em Portugal

Agora começa a ver mais traduções de bestsellers, principalmente no género young adult. Claro que depois há aquelas sagas que começaram a traduzir e que nunca mais se vê a continuação em lado nenhum (Caídos, Luz e Sombra, etc). Eu acabo por ler e as comprar em inglês. O efeito é semelhante, mas começar a ler numa língua e acabar noutra deixa-me sempre um bocado baralhada, principalmente quando há termos específicos ao livro que foram traduzidos de formas estranhas. Já para não falar que acabo por ter uns livros maiores que outros ou que não condizem.


Estas são algumas das coisas que me deixam pelos cabelos, como leitora. Têm alguma coisa a acrescentar? 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Tangled (#1) - Emma Chase


Drew Evans is a winner. Handsome and arrogant, he makes multimillion dollar business deals and seduces New York’s most beautiful women with just a smile. He has loyal friends and an indulgent family. So why has he been shuttered in his apartment for seven days, miserable and depressed? 

He’ll tell you he has the flu.

But we all know that’s not really true.

Katherine Brooks is brilliant, beautiful and ambitious. She refuses to let anything - or anyone - derail her path to success. When Kate is hired as the new associate at Drew’s father’s investment banking firm, every aspect of the dashing playboy’s life is thrown into a tailspin. The professional competition she brings is unnerving, his attraction to her is distracting, his failure to entice her into his bed is exasperating. 

Then, just when Drew is on the cusp of having everything he wants, his overblown confidence threatens to ruin it all. Will he be able untangle his feelings of lust and tenderness, frustration and fulfillment? Will he rise to the most important challenge of his life? 

Can Drew Evans win at love? 

Tangled is not your mother’s romance novel. It is an outrageous, passionate, witty narrative about a man who knows a lot about women…just not as much as he thinks he knows. As he tells his story, Drew learns the one thing he never wanted in life, is the only thing he can’t live without.



Eu não estava à espera de gostar muito deste livro, pelo simples facto de não ter gostado muito de nenhum livro new adult que li nos últimos tempos. São leituras agradáveis e rápidas, mas não passam muito disso. Como ando com a mania de provar que há livros deste género realmente bons (como aqueles que tenho na minha lista de favoritos) ando a dar mais oportunidades a alguns como este.

Tangled é um romance contado de uma maneira um pouco diferente. Começamos por saber que o Drew está "com gripe" a.k.a "heartbroken". Só depois disso é que percebemos como isso aconteceu. Gostei muito da maneira como a autora contou esta história, apesar do enredo em si não ser nada de espectacular. Também houve vários momentos em que ri a bom rir - uma das melhores características deste livro - e outros momentos em que me apetecia esganar as personagens. 

Quanto às personagens, não as achei nada de especial: a Kate tem um pouco mais de fibra do que a normal rapariga new adult e o Drew talvez um pouco mais de autoconfiança. Todavia, não me conectei muito com eles e não penso que sejam personagens que irei recordar daqui a uns tempos. 

Esta é, então, uma boa e rápida leitura para qualquer fã de romance. Pessoalmente, ainda não sei se vou ler o segundo livro... pode ser que arranje paciência. We'll see.

My Rating: 7,35/10

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Re-Read! The Hunger Games - Os Jogos da Fome (#1) - Suzanne Collins

Winning means fame and fortune.
Losing means certain death.
The Hunger Games have begun....

In the ruins of a place once known as North America lies the nation of Panem, the shining Capitol surrounded by twelve outlying districts. The Capitol is harsh and keeps the districts in line by forcing them all to send one boy and one girl between the ages of twelve and eighteen to participate in the annual Hunger Games, a fight to the death on live TV.

Sixteen-year-old Katniss Everdeen regards it as a death sentence when she steps forward to take her sister's place in the Games. But Katniss has been close to dead before-- and survival, for her, is second nature. Without really meaning to, she becomes a contender. But if she is to win, she will have to start making choices that weigh survival against humanity and life against love.



Alerta: SPOILERS


Todos somos familiares com a adaptação cinematográfica deste livro. Foi um grande sucesso, bla bla bla. Mas a verdade é que, como vi o filme mais vezes e há menos tempo do que li o livro, sempre que me lembrava dos Jogos da Fome, lembrava-me do que acontece no filme, das personagens que eles nos apresentam no filme. Por isso decidi reler este livro, para me voltar a lembrar do porquê de o ter posto na minha lista de favoritos. 

O que acabei por perceber é que, apesar de o filme ser bom, falta-lhe muita coisa que eu adorei no livro. Os pormenores, - desde os Avox, às cenas no terraço e àquele bocadinho no final, fora do comboio - a ligação que criamos com a Katniss - porque ela é, realmente, uma das melhores heroínas dos livros Young Adult - não nos são transmitidos pelo filme e sentia um bocado a falta desses elementos. Também o Peeta e os outros tributos são muito mais interessantes no livro do que no filme. 

Outro pormenor que eu sempre adorei nestes livros foram as descrições do Capitólio - colorido, vibrante, extravagante e exagerado - assim como dos seus habitantes. No filme temos uma versão muito mais cinzenta e desinteressante do que esta e, apesar de resultar no grande ecrã, não é a mesma coisa que aquele que eu imaginava. 

Agora que estou com a vontade, devo ler também o Catching Fire e o Mockingjay nos próximos tempos (principalmente o segundo, visto que é o meu favorito).

Para aqueles que ainda não leram os livros, leiam. Acho que vale a pena, mesmo que já tenham visto os filmes.

My Rating then&now: 10/10