sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Deus das Moscas - William Golding



William Golding's compelling story about a group of very ordinary small boys marooned on a coral island has become a modern classic. At first, it seems as though it's all going to be great fun; but the fun before long becomes furious & life on the island turns into a nightmare of panic & death. As ordinary standards of behavior collapse, the whole world the boys know collapses with them—the world of cricket & homework & adventure stories—& another world is revealed beneath, primitive & terrible.

Vou começar por recomendar a todos os que não querem levar spoilers (ou a quem quiser ler este livro sem saber o que acontece nas últimas páginas) para não ler a sinopse em português. Eu pensava que o que eles contavam ia acontecer a meio do livro mas à medida que fui lendo fiquei mais e mais chateada porque me fui apercebendo que era ao final que eles se referiam. 

Como já devem ter percebido, eu não sou uma grande fã de clássicos. A maioria deles não me desperta qualquer curiosidade e mesmo aqueles que parecem interessantes deixam-me sempre com um pé atrás quando os tento ler. Apesar de a sinopse prometer uma história interessante, aconteceu o mesmo com este livro.

A verdade é que as primeiras 180 páginas deste livro são aborrecidas. Acontecem meia dúzia de coisas interessantes e não passa muito disso. Basicamente, é-nos descrita a vida dos miúdos na ilha. Os pontos fortes desta primeira parte é que o autor nos mostra a formação de uma espécie de sociedade - desorganizada, onde existe uma grande divergência de ideias e objectivos, com defeitos ainda mais flagrantes por se tratar de uma sociedade organizada por rapazes com idades entre os 6 e os 14 anos (não sei se será 14 ou menos). De um momento para outro estes rapazes vêem-se ao mesmo tempo livres de adultos e responsabilidades, mas com o dever moral de organização e o desejo de serem salvos. Como é de esperar, acaba por correr mal e ir tudo por água abaixo. A organização dura pouco - uns aproveitam a liberdade para se divertir e outros para deixarem completamente a civilização. A imaginação e o medo começam a toldar as ideias dos miúdos e estes começam a agir selvática e impulsivamente.

Embora a escrita fosse boa e fácil de entender, com descrições muito interessantes e pormenorizadas, acabei por me dispersar muito e não conseguir ler mais do que 20 páginas por dia. Para mim o livro podia ter menos 80 páginas e não se perdia muito da intenção do autor.

Mas, mesmo aborrecida, não pude deixar de gostar muito do final - perturbador e de certa forma assustador, mostra-nos o lado animalesco do homem e aquilo que a discórdia pode gerar, associada ao medo, à ausência de regras e à necessidade de sobrevivência.

Gostei e recomendo, principalmente àqueles que gostam de clássicos.

My Rating: 7/10

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