segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Darker Shade of Magic (#1) - V. E. Schwab


Kell is one of the last Travelers—rare magicians who choose a parallel universe to visit. 

Grey London is dirty, boring, lacks magic, ruled by mad King George. Red London is where life and magic are revered, and the Maresh Dynasty presides over a flourishing empire. White London is ruled by whoever has murdered their way to the throne. People fight to control magic, and the magic fights back, draining the city to its very bones. Once there was Black London—but no one speaks of that now. 

Officially, Kell is the Red Traveler, personal ambassador and adopted Prince of Red London, carrying the monthly correspondences between royals of each London. Unofficially, Kell smuggles for those willing to pay for even a glimpse of a world they’ll never see. This dangerous hobby sets him up for accidental treason. Fleeing into Grey London, Kell runs afoul of Delilah Bard, a cut-purse with lofty aspirations. She robs him, saves him from a dangerous enemy, then forces him to another world for her 'proper adventure'. 

But perilous magic is afoot, and treachery lurks at every turn. To save all of the worlds, Kell and Lila will first need to stay alive—trickier than they hoped.


Esta opinião contem SPOILERS. Cuidado!

Fantasia é um género que adoro, mas, como em todos os outros, tem os seus calhamaços chatos e difíceis de ler que me deixam um bocado aborrecida (a.k.a. As Brumas de Avalon) - principalmente porque é Verão, está calor e eu ando 24/7 com sono. Daí que eu precise de algo que me capte imediatamente a atenção.

Felizmente foi isso que aconteceu com este livro. Fiquei imediatamente cativada pelo mundo fantástico que a autora construiu e pelas personagens, tão únicas e fascinantes.

- O mundo.

O mundo das quatro Londres é fantástico. Mistura uma parte de realidade - Grey London - com três outros mundos, mágicos e muito diferentes entre si. Um dos melhores aspectos deste livro é que se concentra mais nos mundos mágicos e mesmo na magia daquele que é (supostamente) não-mágico, havendo um alternar constante entre mundos, como se nós, leitores, estivéssemos também a viajar entre eles. A Grey London é a Londres do início do séc. XIX, uma época que só por si já gosto bastante, cinzenta e bastante normal. A Red London, a Londres próspera, é a casa de Kell e uma cidade cheia de magia - uma cidade viva, vermelha como o sangue, cheia de poder. A White London, uma cidade gelada e com uma magia mais cruel, uma magia que está a desaparecer - o que leva as pessoas a fazerem de tudo para a poderem obter. E, por fim, a Black London, um conto de fadas, uma cidade arrasada, consumida pela magia. As três primeiras pudemos explorar, mas a quarta permanece um mistério que nos acicata a curiosidade para o próximo livro. Mas o melhor são os pormenores: as línguas diferentes também ajudou a dar profundidade à história e àquele mundo, assim como a distinção entre a língua mágica dos Antari e a do resto das pessoas; o casaco do Kell, que é mais do que apenas um casaco; a taberna, que é um ponto imutável entre, pelo menos, três das Londres, etc.

- As personagens.

Adorei as personagens. O Kell, o Antari de Red London, que serve de mensageiro entre mundos, é uma personagem mais profunda do que pensava. Ele desconhece uma parte do seu passado, que o atormenta e leva a quebrar regras, apesar de não ter nenhum motivo aparente para o fazer. Espero que nos próximos livros possamos ver mais desse passado, porque, para ser sincera, ESTOU TÃO CURIOSA.
A Lila, sem dúvida uma das minhas personagens favoritas de sempre, é uma ladra com alma de pirata, ela quer viver numa constante aventura, livre e independente. Apesar disso, ajuda o Kell para além daquilo que seria de esperar, acabando por ser uma parceira de aventura, durante um curto espaço de tempo.
As personagens secundárias também são muito interessantes - desde os irmãos Dane, cruéis e sedentos de poder, e Holland, preso e atormentado, um peão no jogo dos irmão, até ao Príncipe Rhy, sem dom para a magia, mas com um grande coração e uma grande aptidão para reinar.
Outro aspecto que gostei muito foi a relação entre as personagens: a amizade entre o Kell e o Rhy (Rhy:“I love you, Kell, but I had no interest in matching tattoos.”) e a relação (????) entre a Lila e o Kell. Não sei o que vai sair desta última, mas a minha fangirl interior já está aos pulos.

- A história.

A história, acompanhada por uma escrita simples, mas bonita, não é a mais original de todas - combater as forças do mal não é novidade nenhuma - no entanto, a autora acrescenta-lhes uma maior profundidade através das lutas (interiores e não só) das personagens e ao deixar um final aberto - aquele mal foi erradicado, mas um mal ainda maior está à espera.
(Tenho quase quase quase a certeza que a Lila é Antari, mas não tenho bem a certeza, visto que ninguém sabe exatamente o que são os Antari. Espero que a autora me surpreenda!)

Estou muito contente, porque este livro é fantástico e foi diretamente para a minha lista de favoritos. Desta vez a hype não estava errada. Recomendo vivamente!

My Rating: 10/10

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