quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Opinião: The Five Stages of Andrew Brawley - Shaun David Hutchinson

Andrew Brawley was supposed to die that night. His parents did, and so did his sister, but he survived.
Now he lives in the hospital. He serves food in the cafeteria, he hangs out with the nurses, and he sleeps in a forgotten supply closet. Drew blends in to near invisibility, hiding from his past, his guilt, and those who are trying to find him.

Then one night Rusty is wheeled into the ER, burned on half his body by hateful classmates. His agony calls out to Drew like a beacon, pulling them both together through all their pain and grief. In Rusty, Drew sees hope, happiness, and a future for both of them. A future outside the hospital, and away from their pasts.

But Drew knows that life is never that simple. Death roams the hospital, searching for Drew, and now Rusty. Drew lost his family, but he refuses to lose Rusty, too, so he’s determined to make things right. He’s determined to bargain, and to settle his debts once and for all.

But Death is not easily placated, and Drew’s life will have to get worse before there is any chance for things to get better.

A partly graphic novel.




Quando comecei este livro não tinha bem a certeza se ia gostar ou não. Comigo e contemporâneos, normalmente é hit or miss e isso normalmente depende das personagens. 

Neste caso, começamos por conhecer um rapaz que vive num hospital e que passa o seu tempo a esconder-se da Morte. Logo aqui temos um cenário diferente, mais pesado e sombrio e este elemento é aquele que dá a maior parte da originalidade ao livro, assim como o seu leque diferente de personagens.

O Drew é uma personagem muito cativante, deixando-nos a torcer por ele quer compreendamos aquilo pelo que ele está a passar quer não façamos ideia de porque é que ele age da maneira que age. O Rusty, visto pelos olhos do Drew, é quase tão cativante quanto o próprio, mas não temos tanta oportunidade de o ver e de criar tantos laços com ele (uma das coisas que eu gostava que estivesse diferente neste livro, porque mais momentos com o Drew e o Rusty não fariam mal a ninguém). O Trevor e a Lexi também têm histórias muito interessantes e a relação entre eles e o Drew são muito complexas e um dos grandes elementos do livro - um elemento que eu gostei bastante. Depois temos uma panóplia de personagens secundárias que ajudam a mostrar o ambiente hospitalar e a mostrar que toda a gente lida com a dor, a perda e o amor de maneiras diferentes. 

E aquilo que eu mais gostei no livro: as questões abordadas, como foram abordadas e o Patient F. Desde o tema lgbtq até aos temas do bullying, suicídio, perda e morte em geral, este livro tem de tudo um pouco do que é sombrio, mas sem desvalorizar estas questões e sem deixar que este sobrepusessem a história. O facto de tudo nesta história estar indireta ou diretamente ligado ao Patient F (e termos direito à BD!) só melhorou este aspecto, aliado à escrita do autor que transmite a voz do Andrew de uma forma muito boa.

Infelizmente houve algo que me desapontou bastante - o final. Acho que aqui o autor "fechou os olhos" às tais questões que tinha abordado no livro inteiro e decidiu dizer que "Olhem afinal vai ficar tudo bem, apesar de o Drew se ter tentado matar". Não posso concordar com esta abordagem, por muito bom que o resto do livro tenha sido. 

Ainda assim, recomendo vivamente a todos os fãs de contemporâneo e de livros LGBTQ.

My Rating: ★★★★★★

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