sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Opinião: Queen of Shadows (Throne of Glass #4) - Sarah J. Maas

The queen has returned.


Everyone Celaena Sardothien loves has been taken from her. But she’s at last returned to the empire—for vengeance, to rescue her once-glorious kingdom, and to confront the shadows of her past…

She has embraced her identity as Aelin Galathynius, Queen of Terrasen. But before she can reclaim her throne, she must fight.

She will fight for her cousin, a warrior prepared to die for her. She will fight for her friend, a young man trapped in an unspeakable prison. And she will fight for her people, enslaved to a brutal king and awaiting their lost queen’s triumphant return.



Se são fãs desta saga, sabem perfeitamente que este livro tem muitas reviews positivas, mas também há um grande conjunto de pessoas que não gostou e que acha que é o pior livro da saga, até agora.

Spoiler Free Review: Para mim, este livro não foi o pior da saga (o primeiro foi pior, na minha opinião), mas este livro tem dois grandes defeitos que eu não posso ignorar, mesmo que tenha adorado completamente os segundos dois terços do livro - sim, porque para mim esses dois terços foram os melhores da saga, até agora and I don't care what people say. 

A partir de aqui vai haver MUUUUUITOS SPOILERS!!! E preparem-se para um grande testamento.

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Vamos por começar pelos defeitos okay? Okay. 

Os primeiros 30% do livro. Primeiro, achei-os demasiado lentos, não aconteceu muita coisa e o que aconteceu não foi assim tão interessante quanto isso. Mesmo assim, percebi que foi um construir de momentos para levar ao momento "final" (dessa parte) que era salvar o Aedion. Mas os maiores defeitos do início do livro são - as personagens e a sua evolução. Estes defeitos estão muito interligados por isso vou falar deles como se fossem só um. Primeiro não gostei nada de como a autora tratou a relação da Aelin e do Chaol. Ambos foram idiotas, mas principalmente a Aelin, porque o Chaol ainda foi o que tinha mais razões para estar chateado e disse-lhe algumas verdades que ela precisava de ouvir. 

Outro pequeno problema foi o facto de a Aelin nunca partilhar os seus planos - uma ou duas vezes teria sido muito bom para deixar o leitor de queixo caído. O problema é que ela NUNCA partilhou planos nem com o leitor (nunca os ponderou nem mostrou a sua lógica de modo a chegar à solução) nem com o resto das personagens, salvo algumas excepções e apenas mais perto do final do livro. Ao fim de algumas vezes começa a chatear ela estar sempre a dizer "Soon" no que toca aos seus planos. 

Depois há o facto (e é este que mais me chateia) de terem passado apenas semanas do Heir of Fire para o Queen of Shadows, no entanto em termos de evolução de personagens parece que passaram vários anos. Não percebo qual era o intuito da autora de mudar drasticamente as atitudes e personalidades das personagens em vez de o ter demonstrado ao longo deste livro e do anterior. Claro que em ambos houve evolução de personagens, mas o momento de evolução mais drástico é mesmo a diferença de um livro para o outro. 

E isto leva a outro assunto, com que eu ao início não estava contente: o romance. 

Não é segredo nenhum que eu era team Chaol all the way e pensava honestamente que eles os dois iam ultrapassar os seus problemas e ser felizes para sempre. Sim, eu sei. Muito pouco provável. Mesmo assim, era com ele que eu gostava que a Aelin ficasse, mesmo depois do Heir of Fire. E aqui vamos tocar numa característica desta saga que eu não sei se acho piada - porque raio é que a Aelin tem de ter uma relação amorosa com todas as personagens do sexo masculino da saga? Mesmo que não dure. (Vá lá que a autora não incluiu nesse grupo de personagens o Aedion, isso seria demasiado awkward e muito "ugh não, por favor não". Se bem que houve algumas "pistas" que poderiam implicar essa possibilidade). Todavia, acabei o livro a gostar muito dos pairings. Não gostei do facto de no Heir of Fire a relação da Aelin e do Rowan ser completamente platónica e depois quando ele volta do Queen of Shadows estão os dois muito lovey dovey. Mas, como já disse, no final as minhas ships alteraram-se - não vos sei explicar muito bem porquê, mas eu já adorava o Rowan no HoF e ele é sem dúvida a melhor personagem (dos rapazes) desta saga e acho que ele e a Aelin (não a Celaena, mas mesmo a Aelin, ou em quem ela se tornou em QoS) são perfeitos um para o outro e sinceramente espero que eles possam ser felizes. Também ajuda o facto de o Chaol estar caídinho pela Nesryn e ainda por cima, a Nesryn é muito awesome. E espero mesmo que eles também tenham um HEA (happily ever after). 

(Agora espero que a autora não faça os próximos pairings óbvios, para o Aedion e para o Dorian - já chega de clichés, thank you very much).

Agora a história... wow. Achei que estava excelente. Fico muito grata com a Sarah J. Maas por ela ter conseguido desenvolver a história e ir adicionando-lhe camadas e camadas de perfeição e complexidade que tornam esta saga tão mais interessante. Já para não falar do facto de que este livro teve uma grande quantidade de cenas de conter a respiração, com muita ação, mas também com muitos momentos mais parados, para ser equilibrado (ao contrário do HoF, que foi demasiado lento para mim, apesar de ter outras qualidades e outras características que este não teve). O mundo está a ser cada vez melhor, mas gostava de um pouco mais de lendas e folclore; acho que o livro beneficiaria disso. Tirando isso e juntando o facto de que a escrita da SJM continua a melhorar (apesar dos defeitos do livro, que me pareceram a tentativa da autora de avançar com a história demasiado depressa - teria sido preferível concentrar a primeira parte na evolução das personagens, esta até podia ter a duração de meses, para fazer o que ela fez e assim seria muito mais plausível a diferença entre o HoF e QoS). 

No final, gostei mesmo mesmo mesmo muito e fico a aguardar ansiosamente (*jumps up and down* I need the 5th boooook nooooow) a continuação desta história épica.

My Rating: ★★★★★★

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