quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Opinião: Six of Crows (The Dregs #1) - Leigh Bardugo

Ketterdam: a bustling hub of international trade where anything can be had for the right price—and no one knows that better than criminal prodigy Kaz Brekker. Kaz is offered a chance at a deadly heist that could make him rich beyond his wildest dreams. But he can't pull it off alone...

A convict with a thirst for revenge.

A sharpshooter who can't walk away from a wager.

A runaway with a privileged past.

A spy known as the Wraith.

A Heartrender using her magic to survive the slums. 

A thief with a gift for unlikely escapes. 

Six dangerous outcasts. One impossible heist. Kaz's crew is the only thing that might stand between the world and destruction—if they don't kill each other first.


Não é novidade nenhuma que eu sou uma grande fã da trilogia Grisha, por isso estava mesmo muito entusiasmada com este livro. Primeiro tenho de dizer que tenho um fraquinho por histórias deste tipo: com ladrões e assaltos a sítios impossíveis, isto tudo no meio de um mundo fantástico rico em magia e em originalidade.

Este livro tem isso tudo e muito mais. 

Voltamos mais uma vez ao universo Grisha, mas desta vez à cidade mercantil de Ketterdam, onde proliferam o crime e o comércio. Desta vez seguimos um grupo de personagens associadas, direta ou indiretamente ao gang mais conhecido por The Dregs. No entanto, estas personagens vêem-se envolvidas em algo muito maior do que as simples lutas entre gangs - são contratados para resgatar uma pessoa de um dos sítios mais impenetráveis do mundo. Isto tudo porque essa pessoa criou uma droga que faz dos Grisha praticamente invencíveis. Como é que alguém não se sente atraído por uma história destas? Parece espectacular e a execução não deixou nada a desejar - a não ser uma continuação. Desde momentos de ação non-stop a momentos que me partiram o coração, acompanhamos todas as peripécias e contratempos que poderiam surgir no caminho destas personagens.

Uma coisa que não sabia se ia gostar muito eram os vários pontos de vista - há sempre personagens que não gostamos tanto e essas partes tornam-se sempre muito aborrecidas e, na minha experiência, acabam por prejudicar o livro. No entanto, a autora surpreendeu-me outra vez: não há um único ponto de vista que seja aborrecido ou menos útil para a história.

O meu favorito é sem dúvida o Kaz Brekker, quem lidera este grupo nesta missão impossível, uma personagem moralmente reprovável, mas que também desperta a compaixão do leitor - o Kaz é tudo menos perfeito, mas não só o seu lado bom, como o seu lado mau, me apelaram muito e achei-o um protagonista muito mais interessante por causa da sua complexidade e da sua personalidade intrigante. Pouco depois das primeiras páginas, já sabia que o ia adicionar à minha lista de personagens favoritas - agora (tendo em conta tudo o que aconteceu e tudo aquilo pelo qual ele passou) só espero que ele possa ter um final feliz.

A Inej foi uma personagem inesperadamente boa; ela é muito consistente ao longo do livro, mas não deixa de ser awesome. Invisível e misteriosa, ela é a wraith dos The Dregs, espia e acrobata, silenciosa mas sempre presente. Pensei que ela fosse uma personagem menos importante para a história mas ainda bem que me enganei - acabei por gostar muito dela e de querer que ela alcance os seus objetivos.

O Jesper é talvez a personagem mais likable do livro todo e eu adorei-o desde o início. Mas como todas as personagens neste livro, tem os seus defeitos - perde-se nas apostas, não consegue manter a boca fechada e não sabe muito bem o que fazer com a vida dele. Todavia, compensa com uma personalidade alegre e enérgica e com o facto de as suas intenções, no fundo, serem boas - como ele mesmo diz, ele apenas não foi feito para ser um herói (isto sinceramente preocupa-me porque estou mesmo a ver que ele se vai armar em herói e ainda vai acabar morto e ninguém quer que isso aconteça).

A história da Nina e do Matthias é muito estranha, mas também muito emocional e envolvente, estando constantemente no limiar entre amor e ódio. Eles deviam odiar-se, mas ambos são boas pessoas e acabam por reconhecer que aquilo que foram levados a acreditar nem sempre corresponde à realidade. Foi a história deles que primeiro me cativou a ler o livro, pois li um excerto sobre eles antes do livro sair (o primeiro POV do Matthias) e fiquei fascinada pela multitude de sentimentos que envolviam o seu relacionamento.

O Wylan foi a personagem que mais me surpreendeu e eu acabei a gostar tanto dele como do resto dos The Dregs, em parte pela sua inocência - relativamente ao resto do grupo ele é bastante inocente - mas também pela sua coragem e por, no final, ter ajudado os The Dregs e por se ter afastado do seu pai (grrrr).

Por fim, a escrita da Leigh Bardugo só melhorou desde o início da trilogia Grisha, adaptando-se de forma perfeita a este mundo e a estas personagens. É um tipo de escrita que instantaneamente nos transporta para um novo mundo e nos faz ver e viver a história, em vez de apenas a ler.

Sem dúvida um dos melhores livros, senão mesmo o melhor livro, deste ano. Recomendo vivamente a toda a gente!

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