sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Re-Read: Shadow and Bone (Grisha #1) - Leigh Bardugo

Surrounded by enemies, the once-great nation of Ravka has been torn in two by the Shadow Fold, a swath of near impenetrable darkness crawling with monsters who feast on human flesh. Now its fate may rest on the shoulders of one lonely refugee.

Alina Starkov has never been good at anything. But when her regiment is attacked on the Fold and her best friend is brutally injured, Alina reveals a dormant power that saves his life—a power that could be the key to setting her war-ravaged country free. Wrenched from everything she knows, Alina is whisked away to the royal court to be trained as a member of the Grisha, the magical elite led by the mysterious Darkling.

Yet nothing in this lavish world is what it seems. With darkness looming and an entire kingdom depending on her untamed power, Alina will have to confront the secrets of the Grisha . . . and the secrets of her heart.


Continuo a adorar esta saga e estas personagens, isso nunca mudará. Mas depois de ler este livro pela terceira vez, começo a ver as incongruências e pequenos defeitos dos livros que poderiam fazer com que eu descesse o rating. A verdade é que eu nunca baixaria este rating, não depois de uma primeira leitura que me deixou tão feliz. Estes livros acabam por ter um valor emocional muito grande, que me faz esquecer as imperfeições. Para além disso, estas personagens continuam a ser fantásticas (cof cof the Darkling cof cof). 

Claro que não notei só os defeitos – é muito interessante ver como a autora deixa pistas relativamente ao final deste livro e até da saga. É algo que podemos ver pelo livro dos Santos que o Aparatt dá à Alina. Depois da primeira leitura não reparei como se relacionava com o que viria a acontecer nos livros seguintes (só mesmo quando li o Siege and Storm e percebi que aquilo era realmente importante). 

Reler livros é sempre muito diferente de os ler pela primeira vez, mas tem sempre a sua piada e não vou deixar de o fazer, mesmo que veja que já não gosto tanto dos livros como dantes. É normal isso acontecer e não vou esquecer o quão bom o livro foi da primeira vez.

Dito isto, escusado será dizer que continuo a recomendar estes livros, nem que seja apenas pelas personagens e mundo fantásticos. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Opinião: The Mime Order (The Bone Season #2) - Samantha Shannon


Paige Mahoney has escaped the brutal prison camp of Sheol I, but her problems have only just begun: many of the survivors are missing and she is the most wanted person in London...

As Scion turns its all-seeing eye on the dreamwalker, the mime-lords and mime-queens of the city's gangs are invited to a rare meeting of the Unnatural Assembly. Jaxon Hall and his Seven Seals prepare to take centre stage, but there are bitter fault lines running through the clairvoyant community and dark secrets around every corner. Then the Rephaim begin crawling out from the shadows. But where is Warden? Paige must keep moving, from Seven Dials to Grub Street to the secret catacombs of Camden, until the fate of the underworld can be decided.

 

Bem, depois de muitas tentativas para começar a ler este livro, agora que o tenho em formato impresso é que decidi finalmente lê-lo. 

A verdade é que o início é bastante aborrecido – é-nos apresentada uma série de mistérios, problemas e politiquices que apesar de manterem a curiosidade do leitor, não são nada de fantástico e decididamente não tão apelativo quanto o primeiro livro. 

Depois de meio é que as coisas começam a aquecer. Voltamos a reencontrar os Rephaim (neste caso o Warden e os outros Ranthen) e agora sim começa a haver situações de perigo, umas atrás das outras. O Underlord está morto e a expectativa para saber quem será o seu sucessor e quem o matou torna-se uma das questões fulcrais. 

Quanto a personagens, continuo a gostar bastante da Paige – toma riscos mas não são desnecessários e consegue sempre safar-se de formas relativamente credíveis; também não é daquele tipo de heroínas irritantes que não sabe fazer nada e passa a vida a cometer erros (thank god, essas já chateiam). O Warden continua um mistério apesar de neste livro conseguirmos perceber um pouco melhor as suas intenções e motivações. O Nick é uma personagem muito boa, sendo o “amigo sensato” mas sem perder a sua piada, porque não é só esse o seu papel (é uma personagem secundária completa com o seu arc semi desenvolvido). Quanto aos outros membros dos Seven Dials, são todos boas personagens, apesar de não ser grande fã da maioria deles (só gosto do Zeke). Para ser mais precisa – passei mais de metade do livro a chamar nomes ao Jaxon principalmente depois daquele final. Também fiquei muito muito curiosa com o Rag and Bone Man e mal posso esperar para descobrir quem ele é e o que é que ele faz.

Em termos de escrita, este livro está melhor que o anterior e se a autora continuar a melhorar assim, a saga vai acabar em grande. 

Tirando o início, este foi um livro muito bom e uma boa “ligação” entre o que aconteceu no primeiro livro e aquilo que pode vir a acontecer. Para além disso o único grande defeito desta saga é que vai ter 7 livros, em princípio. Como é que é suposto alguém esperar tanto tempo por livros? I should know, but I really don’t.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Opinião: A Monster Calls - Patrick Ness

The monster showed up after midnight. As they do.

But it isn’t the monster Conor’s been expecting. He’s been expecting the one from his nightmare, the one he’s had nearly every night since his mother started her treatments, the one with the darkness and the wind and the screaming…

This monster is something different, though. Something ancient, something wild. And it wants the most dangerous thing of all from Conor.

It wants the truth.


Estava sinceramente à espera de achar este livro pouco interessante – nunca fui muito de histórias de terror e era assim que toda a gente descrevia este livro. No entanto, dei-lhe uma hipótese, em parte por ser tão pequeno, e vim a descobrir que isto é mais um drama psicológico com um pouco de “magic realism”. Depois de ler o livro e ver o trailer do filme, até me fez lembrar o filme Bridge to Terabithia, que é um dos meus filmes favoritos de sempre. 

Dito isto, é claro que adorei o livro. É uma leitura bastante simples e rápida; atinge-nos do nada mesmo nos feels, sem sequer darmos por isso. Gosto como todo o livro parece ser uma metáfora (e que esta metáfora não é assim tão difícil de entender), mas como isso não ofusca o resto. As histórias foram brutalmente realistas e é um livro que deixa a descoberto a verdadeira essência humana – somos todos compostos por tons de cinzento, ninguém é totalmente bom ou mau. 

Mal posso esperar pelo filme e recomendo este livro a toda a gente – porque quem é que não aprecia uma leitura rápida mas maravilhosa na mesma?


sexta-feira, 29 de julho de 2016

Opinião a dobrar: Sangue Felino e Laços de Sangue (Sangue Fresco, #7 e #8) - Charlaine Harris




Estes últimos dois livros não foram dos piores da saga que já li. O que já é bastante bom, tenho de admitir. E desta vez vou fazer por pontos, porque é demasiado difícil fazer uma review só para 2 livros.


- O Eric. Não é um herói nem um vilão e não é decididamente o interesse amoroso usual que vejo neste tipo de livros. Isso aliado à sua personalidade cativante e sassy torna-o na melhor personagem desta saga.

- As outras personagens que eu gosto, nomeadamente a Pam e… bem, a Pam. Não é que as outras sejam todas horríveis… apenas não são boas. A maioria é-me completamente indiferente e aquelas que não são, para além da Pam e do Eric, é porque não gosto nada delas.

- Tenho de admitir que o plot está a ficar ligeiramente melhor do que nos livros anteriores e até estou curiosa acerca de como o resto de irá desenvolver.

- A escrita... meh, boring.

- E aqui está o maior problema desta saga: eu odeio a Sookie. Sinceramente metade do tempo estou a insultá-la e a outra metade a perguntar a mim mesma porque carga de água há tantos homens a babarem-se por ela. A sério que não percebo.


Bem, afinal de contas já estou no livro nº 8 por isso não é agora que vou desistir desta saga. Agora estou só mesmo curiosa em saber como raio é que a autora vai conseguir finalizar este imbróglio que para aqui vai.

domingo, 24 de julho de 2016

Opinião: Kings Rising (Captive Prince #3) - C. S. Pacat

Damianos of Akielos has returned.


His identity now revealed, Damen must face his master Prince Laurent as Damianos of Akielos, the man Laurent has sworn to kill.

On the brink of a momentous battle, the future of both their countries hangs in the balance. In the south, Kastor's forces are massing. In the north, the Regent's armies are mobilising for war. Damen's only hope of reclaiming his throne is to fight together with Laurent against their usurpers.

Forced into an uneasy alliance the two princes journey deep into Akielos, where they face their most dangerous opposition yet. But even if the fragile trust they have built survives the revelation of Damen's identity - can it stand against the Regent's final, deadly play for the throne?



Wow, damn. Para ser sincera, não estava à espera que o último livro fosse tão bom quanto foi. Gostei muito dos primeiros dois, que tinham um mundo de fantasia bastante credível, com as claras inspirações gregas, mas sempre com uma dinâmica muito interessante e com personagens fantásticas. 

No entanto, nos primeiros livros o enredo nunca me deixou muito entusiasmada, principalmente porque havia muitas coisas que não conseguia acompanhar – quer por não saber bem os nomes das personagens, quer por algumas coisas estarem tão subtis que eu nem reparei nelas. 

Neste livro, a escrita torna-se mais clara sem se tornar óbvia, o enredo torna-se mais interessante, as personagens cada vez melhores a cada página que passa. 

Só tenho pena que o final tenha sido tão repentino: queria muito que houvesse um epílogo. Claro que depois vim a saber que vai haver um epílogo, mas que vai ser uma short story à parte. 

Pode não ser um livro de fantasia 100% inovador, mas que é uma leitura excelente, lá isso é. 


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Opinião: O Filho Dourado (Red Rising #2) - Pierce Brown

As a Red, Darrow grew up working the mines deep beneath the surface of Mars, enduring backbreaking labor while dreaming of the better future he was building for his descendants. But the Society he faithfully served was built on lies. Darrow’s kind have been betrayed and denied by their elitist masters, the Golds—and their only path to liberation is revolution. And so Darrow sacrifices himself in the name of the greater good for which Eo, his true love and inspiration, laid down her own life. He becomes a Gold, infiltrating their privileged realm so that he can destroy it from within.

A lamb among wolves in a cruel world, Darrow finds friendship, respect, and even love—but also the wrath of powerful rivals. To wage and win the war that will change humankind’s destiny, Darrow must confront the treachery arrayed against him, overcome his all-too-human desire for retribution—and strive not for violent revolt but a hopeful rebirth. Though the road ahead is fraught with danger and deceit, Darrow must choose to follow Eo’s principles of love and justice to free his people.

He must live for more.

Esta deve ser uma das reviews mais difíceis de escrever. Não só porque demorei montes de tempo a lê-lo mas também porque ainda não consigo descrever o quão chateada estou com aquele final. Hmm portanto, aqui vai uma tentativa. 

Primeiro que tudo - as personagens estão cada vez melhores. Eu já gostava delas no primeiro livro, mas só neste é que realmente fiquei a preocupar-me mais com elas. Também a nível de desenvolvimento de personagens, este livro está fantástico (não me refiro apenas ao Darrow apesar de ele ser aquele que se destaca mais neste aspecto). Felizmente o Darrow é daquelas personagens que se torna muito awesome sem o ser demasiado - comete vários erros e estes têm consequências de todos os géneros e feitios. Há que referir as outras boas personagens como o Sevro, o Chacal, a Victra, os Telemanus, o Lorn, etc. Ainda estou a decidir se gosto da Mustang ou não (já mudei de opinião umas 10 vezes desde que comecei a saga). 

Em termos de enredo e de história em si, gostei mais deste livro. Em teoria, o primeiro faz mais o meu género, mas é neste segundo livro que penso que esta saga se distingue mais - segue um rumo mais de ficção científica, sem deixar de ter a parte de lutar contra o governo e tudo mais. O enredo está muito mais complexo, há traições e duplas traições, há esquemas políticos, há alianças inesperadas e manipulação a toda a hora. Acho que houve poucos capítulos em que eu não ficava de boca aberta e surpreendida pelo que aconteceu. 

A escrita é excelente, complexa o suficiente para ser interessante e simples o suficiente para o livro não se tornar demasiado pesado. 

E quanto ao final. Well...wtf. Continuo parva com tudo o que aconteceu. A sério. Wtf. Ugh. E onde está o próximo livro? Hmmm? Espero que não demore muito a sair em português (mas presumo que não vá ter essa sorte).

Depois de ler o primeiro livro já recomendava esta saga; agora ainda recomendo mais. Vale a pena, mesmo com o cliffhanger. Muito bom.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Update: O que andei a ler ultimamente

Não foram muitos os livros que li nestes últimos tempos, infelizmente. A falta de tempo e o facto de ter visto vários animes tirou-me algumas horas de leitura. De qualquer maneira, foram 5 leituras bastante boas (só dei menos de 5 estrelas a um) e aqui fica uma pequena opinião relativamente a cada uma delas. 



1. O Clube dos Poetas Mortos 

Li este livro depois de já ter visto o filme umas 2 ou 3 vezes (e de ter adorado). Ou seja, esta leitura foi quase como ver o filme outra vez. Sim, tem as suas diferenças e no livro dá para tomar maior atenção a tudo quanto esteja relacionado com literatura e poemas que aparecem nesta história. Ainda assim, achei que no filme havia uma transmissão de emoção mais eficaz do que no livro e acabou por ter mais impacto do que esta leitura (provavelmente porque também o vi primeiro).




2. The Raven King 

Já falei sobre estes livros por isso vou ser breve (e vou tentar não spoilar ninguém): foi espectacular, tão bom quanto o The Dream Thieves, o meu favorito da saga. O final deixou muita vontade de ler mais livros com estas personagens e de continuar a acompanhar as aventuras dos Raven Boys e vizinhança.




3. The Rose and the Dagger 

Este livro traz-nos de novo o romance da Shazi e do Khalid, mas desta vez com um melhor desenvolvimento do mundo e das personagens secundárias. O enredo não desapontou, mesmo com os seus momentos de previsibilidade, só tenho pena de não ter havido tanto foco na relação entre a Shazi e o Khalid quanto o que eu gostaria.





4. We are the Ants 

Este autor traz-nos, mais uma vez, um livro de romance contemporâneo com um toque de algo mais (aliens, neste caso). Acho que é esse algo mais aliado às personagens realistas e à escrita simples e cativante que fazem destes livros (este e o The Five Stages of Andrew Brawley) leituras tão boas e viciantes.





5. Magic Slays 

A cada livro que passa, esta saga vai ficando cada vez melhor em termos de enredo - este vai aprofundando-se cada vez mais e arrasta sempre o leitor consigo numa viagem épica, cheia de boas personagens e muita ação. Mais uma vez (I'm really a sucker for that romance) gostaria que os autores dessem um pouco mais de atenção à relação entre a Kate e o Curran, já que em relação a outros livros do mesmo género estes parecem sempre um pouco mais retraídos no que toca a este elemento. Sim, é um elemento importante da história como ela já está, mas não me importava que fosse um pouco mais explorado ainda. Mesmo assim, não deixa de ser uma das melhores sagas deste género.