sexta-feira, 29 de abril de 2016

Opinião: O Herói das Eras - Parte II (Mistborn #3) - Brandon Sanderson

Quem é o Herói das Eras? 

O mundo aproxima-se do fim, esmagado pela força imparável de Ruína. Vin, Elend e os companheiros procuram desesperadamente opor-se-lhe, mas nada do que fazem parece ter algum efeito ou, quando o tem, é o oposto do que pretendem. De que serve a mera alomância contra um deus?
Especialmente quando não parece haver nada além dela, pois até as misteriosas brumas, em tempos aliadas, parecem ter-se tornado malignas. Mas será que desistir é uma opção? Terá chegado o momento de baixar os braços e aceitar o fim de tudo o que se ama?
Num mundo sufocado pela cinza e abalado por erupções contínuas e violentas convulsões sociais que afetam até a sociedade pacífica dos kandra, são estes os dilemas com que os sobreviventes do velho bando de Kelsier vão ser confrontados neste derradeiro volume da saga.


Parti para esta leitura com muito poucas recordações do que se tinha passado no livro anterior e graças às grandes e extraordinárias editoras nem sequer podia ir ver resumos do livro online para refrescar a memória, porque alguém se lembrou de separar o Hero of Ages em dois volumes.

Tirando este pequeno pormenor, deixem-me dizer apenas uma coisa: wow. 

Tenho mesmo de dar os parabéns ao Brandon Sanderson porque, em termos de história, este livro (e a saga toda) foi um dos melhores que já li. Adorei que nas últimas 100 páginas, 50 ou mesmo até nas últimas 30 páginas, continuei a ser surpreendida. Claro que houve coisas sobre o final que me apercebi antes de acontecerem, mas foram mais as coisas que me deixaram de queixo caído.

A escrita, como sempre, está fantástica - simples o suficiente para se voar pelo livro, mas complexa o suficiente para se conseguir apreciar quando se lê uma frase particularmente boa. 

Agora falando de coisas mais específicas:

- As personagens apesar de não serem completamente espectaculares (como o Kelsier) têm todas uma humanidade, uma credibilidade muito grande enquanto pessoas e isso fez com que acabasse a gostar muito delas. Não estava nada à espera que acontecesse aquilo no final! Ugh, fiquei mesmo triste. Outra coisa que me deixou um pouco triste foi descobrir que os spin-offs que existem não são sobre as personagens que sobreviveram àquele final, mas sim sobre outras passados vários anos.

- O final em si foi surpreendentemente bem elaborado. Quando o tema engloba divindades, normalmente existe a tendência de recorrer à técnica do deus ex machina, mas nestes livros sempre esteve inerente o poder das divindades e o que é que elas podiam fazer, a questão sempre foi como é que fariam para os travar e neste aspecto o autor saiu-se extraordinariamente bem. 

No final, fiquei com vontade de ler mais desta saga, por isso aqueles spin-offs (não sei se vão ser traduzidos, por isso ao contrário destes, provavelmente vou lê-los em inglês) em breve cairão nas minhas mãos! 

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