terça-feira, 8 de março de 2016

Opinião: A Rapariga no Comboio - Paula Hawkins

Todos os dias, Rachel apanha o comboio...

No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia... 

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.


Mais um livro inundado de hype que não me deixou tão maravilhada quanto ao resto dos leitores. Primeiro há que ter em consideração que não sou grande fã de thrillers e que estes têm de ter elementos de outros géneros para me chamar a atenção ou então têm de ser mesmo muito bons (a saga Millenium por exemplo). Este é um daqueles casos em que o meu problema não é com o tema, com a história ou com a escrita. Achei estes três pontos interessantes e bem trabalhados e se não fosse um pequeno grande pormenor acho que teria gostado bastante do livro. 

A questão foi esta: não gostei de nenhuma personagem. A Rachel é irritante e triste, o Tom um idiota, a Megan - talvez a personagem que mais gostei - era temperamental e não parecia ter uma personalidade consistente, o Scott é um marido controlador e a Anna uma mãe e mulher paranóica (se bem que com razão). Bem. Acho que perceberam a ideia. Os pontos de vista da Rachel foram os que menos gostei mas também os mais numerosos e, a certa altura, já não conseguia ler mais sobre "Ah hoje não vou beber" "Ah, afinal acabei por beber e me esquecer de metade das coisas que fiz". 

Ainda assim, o enredo deixou-me interessada e as últimas 100 páginas li-as bastante rápido, porque até queria desvendar o mistério. Desconfiava de toda a gente e para ser sincera, só comecei a perceber quem era quando a Rachel também começou a perceber o que se tinha realmente passado. 

Dito isto, não percebo de todo qual a hype (pelo que ouvi, o Gone Girl é bem melhor), mas talvez em circunstâncias diferentes e com personagens mais interessantes, talvez tivesse gostado bastante deste livro. 

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