sábado, 18 de junho de 2016

5 razões (+1) para ler: The Raven Cycle – Maggie Stiefvater

Primeiro que tudo, estou de volta! Um bocado mais tarde do que prometido, mas precisava mesmo de uns dias para fazer o que quisesse e para descansar. Um dos livros que li enquanto estive ausente foi o The Raven King e que livro! Adorei, tal como tinha adorado os livros anteriores; só tenho pena de não haver mais. E com este livro em mente, deixo aqui 5 razões (mais 1 que pode não agradar a todos, mas a mim agrada) para começarem esta saga!




As personagens, obviamente. Uma coisa que esta autora consegue fazer é arranjar personagens diversificadas e interessantes. Algumas poderiam parecer demasiado irreais, mas estão construídas de uma maneira que as faz parecer ainda mais reais por causa da sua singularidade. A Blue é uma protagonista que tem as suas ideias bem assentes e toma decisões ponderadas quando a situação o pede – ao contrário de mais de 90% das protagonistas do género Young Adult que são todas umas cabeças de ar. Os Raven Boys são aquele grupo improvável de amigos, como a maioria dos grupos de bons amigos – apesar de terem todos personalidades muito diferentes, há uma aceitação mútua e um apoio implícito nas suas decisões e durante os vários momentos dos livros. 

- What the what was that? (ou seja: o enredo). Pois é, tirando a ação principal, que é a busca pelo rei escocês enterrado algures na ley line, e mais um ou outro pormenor, nada do que acontece é minimamente previsível. O que é que isto quer dizer? Que o leitor fica em pulgas durante toda a saga, mesmo quando a ação é lenta e há mais desenvolvimento de personagens do que outra coisa

- A escrita. Não é por acaso que mais de metade das minhas citações favoritas vem diretamente deste livro. Aqui encontramos o meio-termo entre uma escrita normal e a escrita carregada de floreados, metáforas e descrições detalhadas que encontramos no Shiver. Este último agradou-me principalmente por causa disto, mas isso não era suficiente para me prender. The Raven Cycle tem os seus momentos de descrições fabulosas e de frases fantásticas, mas não tenta ser algo que não é – uma história sobre 5 adolescentes que ainda não sabem muito bem o que fazer com eles mesmos e que se deparam com uma casa ao tesouro cheia de magia. A escrita enquadra-se perfeitamente, também ela cheia de magia mas prática e sem complexidade em demasia.

- Independentemente do que outras pessoas digam, as capas são lindas, principalmente a do último livro.


- A magia, que pega num tema tão usual – videntes e fantasmas – e adiciona-lhe algo de fantástico que eu nunca tinha visto antes. Não vou dizer o que é, porque o momento que me deixou mais embasbacada no primeiro livro foi precisamente aquele em que descobrimos este tipo inovador de magia.

+1 

- As ships (e aqui vêem bastantes spoilers).

Primeiro a Blue e o Gansey são dos casalinhos mais improváveis de sempre. São muito diferentes mas estranhamente perfeitos um para o outro.
Não é segredo nenhum que eu shippava bastante o Ronan com o Kavinsky, mas depois ele foi desta para melhor no Dream Thieves e o Adam começou a ficar mais interessante no Blue Lily, Lily Blue e mudei de ideias.
E depois no The Raven King aconteceu o que aconteceu (( ͡° ͜ʖ ͡°)) e pronto já fiquei mais contente.
Depois também há a Maura com o Grey Man que eu na altura não esperava nada nadinha. Não posso dizer que esteja despontada, though.
Há também que referir que nem todas as ships são óbvias, muitas delas são tão subtis que eu só me apercebi delas quando elas estavam a tornar-se canon (cofcoforonaneoadamcofcof), por isso não pensem que o livro é só romance, porque na verdade este é um elemento que, apesar de importante, não é o tema/objectivo central do livro.